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VELHAS RECORDAÇÕES...VELHAS DOENÇAS

Data Inclusão: 20/10/2019
Data Alteração: 16/01/2020
Categoria: Doenças & Cura
Autor: Sigilo Mistico

VELHAS RECORDAÇÕES...VELHAS DOENÇAS

Trazemos múltiplos clichês mentais arquivados no inconsciente profundo de nós mesmos: alguns são velhas recordações danosas, herdadas nas mais variadas épocas, seja na atualidade ou em outras existências em passados distantes. Essas fontes emitem, através dos mecanismos psíquicos, energias que não nos deixam sair com facilidade do fluxo desses eventos desagradáveis, registrados pelas retinas da própria alma, mantendo-nos retidos em antigas mágoas e feridas morais entre os fardos da culpa e da vergonha.

Por não recordar que o perdão a si mesmo e aos outros é um poderoso instrumento de cura para todos os males, é que não deixamos o passado passar, não desenvolvendo renovação, mas sim, enfermidades e abatimentos. Tentando viver alienados dos nossos ressentimentos e velhas amarguras, distraindo-nos com jogos e diversões ou mesmo buscando alívio no trabalho initerrupto, mas apenas estaremos adiando a solução futura da dor, porque essas medidas são temporárias. É mais fácil dizer que se tem uma úlcera gástrica do que admitir um descontentamento conjugal; é mais fácil também consentir-se portador de uma frequente cólica intestinal do que aceitar-se como indivíduo colérico e inflexível.

Muitas moléstias, antes consideradas como orgânicas, estão agora sendo reconhecidas como "psicossomáticas" porque se encontraram fatores psicológicos expressivos em sua origem. As insanidades físicas são quase sempre traduzidas como somatizações das recordações doentias de ódio e vingança e, se mantidas a longo prazo, resultam em doenças crônicas. Desta forma compreenderás que a gravidade e duração dos teus sintomas de prostração e abatimento orgânico são diretamente proporcionais à persistência em manteres abertas tuas velhas chagas do passado. As predisposições físicas das pessoas às enfermidades nada mais são do que as qualidades do sangue, dando-lhe maior ou menor atividade, provocar secreções ácidas ou hormonais, mais ou menos abundantes, ou mesmo perturbar as multiplicações celulares, comprometendo a saúde como um todo.

Portanto, as causas das doenças somos nós sobre nós mesmos, e para que tenhamos equilíbrio fisiológico é preciso cuidar de nossas atitudes íntimas, conservando a harmonia na alma. Indulgência se define como sendo a facilidade que se tem para perdoar. Muitos de nós ficamos constantemente tentando provar que sempre estivemos certos e que tínhamos toda razão; outros ficam repisando erros e as faltas alheias. Mas, se quisermos saúde e paz, libertemo-nos desses fardos pesados que nos impedem de voar mais alto para as possibilidades do perdão incondicional. Perdoar não se trata de esquecer as marcas profundas que nos deixaram, ou mesmo fechar os olhos para a maldade alheia.

Perdoar é desenvolver um sentimento profundo de compreensão, por saber que nós e os outros, ainda estamos distantes de agir corretamente e percebemos que em várias ocasiões, agimos sem reflexão e ações inadequadas. Das velhas doenças nos libertaremos, quando as velhas recordações do "não perdão" pararem de comandar o leme de nossas vidas.

APRENDENDO A PERDOAR

Nosso conceito de perdão tanto pode facilitar quanto limitar nossa capacidade de perdoar. Por possuirmos crenças negativas de que perdoar é ser apático com os erros alheios, ou mesmo, é aceitar de forma passiva tudo o que os outros fizerem, é que vivemos achando que perdoamos, aceitando agressões, abusos, manipulações e desrespeito aos nossos direitos e limites pessoais, ficando, pois, impassíveis como se nada tivesse acontecendo. Perdoar não é apoiar comportamentos que tragam dores físicas ou morais, não é fingir que tudo corre muito bem, quando sabemos que tudo em nossa volta está em ruínas. Perdoar não é ser conivente com as condutas inadequadas de parentes e amigos, mas perdoar é ter compaixão, ou seja, entendimento maior através do amor incondicional, portanto, é um modo de viver.

O ser humano, muitas vezes, confunde o ato de perdoar com a negação dos próprios sentimentos, emoções e anseios, reprimindo sua mágoas, e usando supostamente o perdão como desculpa, para fugir da realidade que, ao assumí-la, poderia como consequência alterar toda uma vida de anos de relacionamento.

Uma das ferramentas básicas para alcançarmos o perdão real, é conseguirmos nos manter a uma certa distância psíquica da pessoa problema, ou das discussões, bem como dos diálogos mentais, que giram constantemente no nosso psiquismo, por estarmos engajados emocionalmente em envolvimentos neuróticos. Ao desprendermo-nos mentalmente, passamos a usar construtivamente os poderes do nosso pensamento, evitando os deveria ter falado ou agido, eliminando de nossa produção imaginativa os acontecimentos infelizes e destrutivos que ocorreram conosco. Em muitas ocasiões nós elaboramos interpretações exageradas de suscetibilidade e caímos em impulsos estranhos e desequilibrados, que causam em nossa energia mental uma sobrecarga, tomando conta do cérebro o cansaço. A exaustão íntima é profunda.

Nossa mente recheada de ideias desconexas dificulta o perdão, e somente desligando-nos da agressão ou do desrespeito ocorrido, é que o pensamento sintoniza com as faixas da clareza e da nitidez, no processo denomimado renovação da atmosfera mental. É fator imprescindível ao separar-nos emocionalmente de acontecimentos e de criaturas em desequilíbrio, a terapia da prece ou meditação, vem como forma de resgatar a harmonização de nosso halo mental, são métodos sempre eficazes que nos restaura os sentimentos de paz e serenidade, propiciando-nos a maior facilidade de harmonização interior.

A qualidade do  pensamento determina a ideação construtiva ou negativa, isto é, somos arquitetos de verdadeiros quadros mentais, que circulam sistematicamente em nossa própria órbita áurica. Por nossa capacidade de gerar imagens ser fenomenal, é que essas mesmas criações nos fazem ficar presos em monoidéias, as quais desejaríamos tanto esquecê-las repetidas vezes, pelo fenônimo produção/consequência. Desligar-se ou desconectar-se não é um processo de nos tornarmos insensíveis e frios, comportando-nos como criaturas totalmente impermeáveis às ofensas e críticas, vivendo sempre numa atmosfera do tipo que ninguém mais vai me atingir ou machucar. Desligar-se, quer dizer, deixar de alimentar-se das emoções alheias, desvinculando-se mentalmente dessas relações doentias de hipnoses magnéticas, de alucinações íntimas, de represálias, de desforras de qualquer matiz ou de problemas que não podemos solucionar no momento.

Ao soltarmo-nos vibracionalmente desses contextos complexos, ao desatar-nos desses fluídos que nos amarram a essas crises e conflitos existenciais, poderemos ter a grande chance de enxergarmos novas formas de resolver dificuldades com uma visão mais generalizada das coisas e de encontrarmos cada vez mais instrumentos adequados para desenvolvermos a nobre tarefa de nos compreender e compreendermos os outros. Quando acreditamos que cada ser humano é capaz de resolver seus dramas, e é responsável perante seus feitos na vida, aceitamos fazer esse distanciamento mais facilmente, permitindo que eles sejam, e se comportem como queiram dando-nos a nós também essa mesma liberdade.

Viver impondo certa distância psicológica às pessoas e às coisas problemáticas, sejam, entes queridos difíceis ou companheiros complicados, não significa que deixaremos de nos importar com eles, ou de amá-los, ou de perdoar-lhes, mas sim, de viver sem enlouquecer pela ânsia de tudo compreender, padecer, suportar e admitir. Além do que, esse desligamento nos motiva ao perdão com maior facilidade, pelo grau de libertação mental que nos induz a viver sintonizados em nossa própria vida, e na plena afirmação positiva de que "tudo deverá tomar o curso certo, se minha mente estiver em serenidade". Compreendendo por fim, que ao promovermos desconexão psicológica, teremos sempre mais habilidade e disponibilidade para percebermos o processo que há por trás dos comportamentos agressivos, permitindo-nos não reagir da mesma maneira que o fazíamos, e sim olharmos como é, e como está sendo feito nosso modo de nos relacionar com os outros.

Isso nos leva consequentemente a uma forma de começar entender a dinâmica do perdão. Uma das mais eficientes técnicas de perdoar é retomar o vital contato conosco mesmo, desligando-nos de toda e qualquer intrusão mental, para logo em seguida buscar uma real empatia com as pessoas, deixando-nos de ser vítimas de forças fora de nosso controle para transformarmo-nos em criaturas que criam sua própria realidade de vida, baseadas não nas críticas e ofensas do mundo, mas sim, na sua percepção da realidade e da vontade própria.

 

Fonte:

Fonte: Livro Renovando Atitudes (Francisco do Espírito Santo/ Hammed)

revolution.club

 

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