sigilomistico@gmail.com.br
RELIGIÃO ISLÂMICA

Data Inclusão: 17/12/2019
Data Alteração: 16/01/2020
Categoria: Religiões
Autor: Sigilo Mistico

RELIGIÃO ISLÂMICA

O homem responsável pela mudança da vida do mundo árabe, foi o Profeta Maomé (570 - 632 d.C.).   Ao fundar o Islamismo, Maomé ajudou a fundar e moldar uma nova sociedade, com crenças e costumes que serviriam para unir povos de diferentes origens.                                        Tendo suas origens na Arábia, onde viveu e pregou . O Profeta Maomé foi o fundador do islamismo, que está intimamente relacionado à cultura árabe.  O Alcorão ou Corão - livro Sagrado dos muçulmanos , que de acordo com o islamismo, foi revelado por Deus ao seu profeta Maomé - está escrito em Árabe. Até hoje, o elemento árabe é muito importante no Islã, embora atualmente, só uma minoria de muçulmanos são árabes, já que o islamismo está amplamente difundido em várias regiões da África e da Ásia.

O Islamismo é uma religião monoteísta, ou seja, acredita na existência de um único Deus; é fundamentada nos ensinamentos de Mohammed, chamado pelos Ocidentais de Maomé. Nascido em Meca, por volta de 570 d.C. . Maomé começou sua pregação aos 40 anos, na região onde atualmente corresponde ao território da Arábia Saudita.  Ao completar 40 anos, Maomé teve uma experiência profética em uma caverna do Monte Hira, nos arredores de Meca: o Arcanjo Gabriel, com um pergaminho, ordenou-lhe "pregar" - "Recite em nome do Teu Senhor" - Conforme a tradição, o arcanjo revelou-lhe a existência de um Deus único.

A palavra Islã significa, submeter-se e exprime a obediência à lei e a vontade de Alá (Allah, Deus em Árabe). Seus seguidores são muçulmanos (Muslim, em Árabe), aquele que se subordina a Deus.   Atualmente, é a religião que mais se expande no mundo, está presente em mais de 80 países.  Após um isolamento no deserto, Maomé voltou à Meca, onde começou a pregar, tentando divulgar sua doutrina.  Proclamou-se profeta ou mensageiro de Deus, enviado aos árabes para ensinar-lhes o caminho da salvação.  Isto foi interpretado, desde o início, pelas poderosas famílias de Meca como uma tentativa de usurpar a autoridade política da cidade.  No entanto, Maomé conseguiu muitos adeptos, especialmente entre os beduínos do deserto.

Maomé entrava em choque com os interesses econômicos dos coraixitas, que temiam que a nova religião diminuísse as peregrinações à Caaba, prejudicando assim, seus negócios.  Maomé foi tão perseguido que, em 622 (início do calendário islâmico), para fugir de seus inimigos, dirigiu-se para Yatreb (mais tarde a cidade passou a ser chamada de Medina, "a cidade do profeta").   Os habitantes de Medina, receberam Maomé e seus seguidores, aderindo àquela que passou a ser a religião muçulmana. Maomé conseguiu impor uma única religião, elemento determinante para a unificação política da região. Para vencer seus inimigos - os ricos comerciantes de Meca - iniciou uma batalha (Jihad).  Maomé queria obter o controle da cidade de Meca. Queria também, difundir a nova religião. O islamismo devia difundir-se por meio de conquistas militares. O nome dado a estas lutas, Jihad, é o mesmo que mais tarde veio a ser utilizado para designar a Guerra Santa. A luta para a causa de Alá ganha precedência sobre todos os outros interesses, bem como sobre as tradições e os conceitos morais e religiosos herdados do passado.

Em pouco tempo, uma legião de adeptos se junta a Maomé e seus seguidores. Em 630, a cidade de Meca se rende, Maomé entra em Caaba e destrói os ídolos, símbolos da religião politeísta, conservando apenas a Pedra Negra.  Tribos beduínas e toda a Arábia se converteram ao islamismo e aceitaram a autoridade de Maomé como profeta final.  Até sua morte, em 632, Maomé tinha conseguido unir a Arábia, transformando-a num só domínio, onde a religião se tornara mais importante que os antigos laços familiares ou tribais.  Após a morte do profeta, foi organizada a Sunna, a lei oral do Islã, que estabelece as bases da tradição e jurisprudência da nova sociedade islâmica.

Maomé, acreditava ser instrumento de Deus, enviado aos árabes para ensinar-lhes o caminho da salvação. Maomé atacou com veemência o politeísmo dos árabes, pois acreditava num só Deus, Criador e Juiz. Estava convencido de que havia sido escolhido como profeta para trazer aos árabes uma nova religião, que passou a ser chamada de Islã ou Islamismo.  A palavra significa "submissão", já que em árabe significa "render-se a Alá" (Deus), os seguidores do islamismo eram chamados de muçulmanos, isto é, "aqueles que se submetiam a Deus".         Entre os ensinamentos que o profeta transmitiu aos seus seguidores, está um rígido código moral e ético, que inclui alertas e proibições. Entre as principais proibições estão: a ganância e a desonestidade nos negócios, os jogos de azar, bebidas alcoólicas e o consumo de certos alimentos proibidos.

Maomé é o principal profeta do Islã e esta ideia está resumida em sua declaração de fé: "Não há Deus senão Alá e Maomé é o seu Profeta". A religião islâmica considera Moisés e todos os outros profetas hebreus, bem como Jesus, como "Mensageiros da Palavra Divina". Mas afirmam que Maomé foi o último e o maior de todos os profetas.                                                   O Alcorão é o livro sagrado da religião islâmica e a palavra quer dizer "Recitação".  Segundo a tradição muçulmana, o Alcorão é a Palavra de Deus; uma série de revelações de Alá (Deus) a Maomé, seu Profeta.  Portanto, é o centro da vida religiosa islâmica, comparável à Torá dos Judeus ou o Novo Testamento cristão.  Ainda segundo a religião islâmica, são Revelações Divinas que não devem ser questionadas nem modificadas, sendo proibida até mesmo a sua tradução.

Os muçulmanos tem cinco obrigações religiosas básicas chamadas de "Os Cinco Pilares do Islã" : são cinco obrigações (arkan) que constroem a fé e cuja realização é dever de todo muçulmano.

1- Credo (chahada) - Aceitar e repetir todos os dias: "Não há outro Deus e Maomé é seu Profeta"

2- Oração (salat) - Realizar cinco orações diárias, em horários predeterminados, com o rosto voltado para Meca.

3- Caridade (zacat) - Os muçulmanos devem ser generosos com os mais necessitados.

4- Jejum (saum) - Durante os 40 dias do mês do Ramadã, o nono mês do calendário islâmico, é obrigado jejuar do nascer do Sol até o pôr-do-Sol.

5- Peregrinação à Meca (haj) - Ao menos uma vez na vida, todo muçulmano adulto que dispõe de meios de realizar uma peregrinação à Meca, deve fazê-lo.

A fé e cultura islâmica continuaram, até hoje, a formar a vida das pessoas no Oriente Médio, Norte da África e Sudoeste da Ásia. Após a morte de Maomé, a religião islâmica sofreu ramificações, ocorrendo divisão em diversas vertentes, com características distintas.  As vertentes do islamismo que possuem maior quantidade de seguidores ,são a dos Sunitas (maioria) e a dos Xiitas (significa "partidário de Ali"- Ali Abu Talib, Califa (soberano muçulmano) que se casou com Fátima, filha de Maomé, e acabou assassinado.  Os Sunitas defenderam o califado de Abu Bakr, um dos primeiros convertidos ao Islã e discípulo de Maomé.    As principais características são:

Sunitas - defendem que o chefe do Estado Muçulmano (califa) deve reunir virtudes como honra, respeito pelas leis e capacidade de trabalho, porém, não acham que ele deve ser infalível ou impecável em suas ações. Além do Alcorão, os Sunitas utilizam como fonte de ensinamentos religiosos as Sunas;  livro que reúne o conjunto de tradições recolhidas com os companheiros de Maomé.

Xiitas - Alegam que a chefia do Estado Muçulmano só pode ser ocupada por alguém que seja descendente do profeta Maomé ou que possua algum vínculo de parentesco com ele. Afirmam que, o chefe da comunidade islâmica, o Imã, é diretamente inspirado por Alá, sendo, por isso, um ser infalível.  Aceitam somente o Alcorão como fonte sagrada de ensinamentos religiosos.

No Brasil, o islamismo chegou, primeiramente, através dos escravos africanos trazidos ao país. Posteriormente, ocorreu um grande fluxo migratório de árabes para o território brasileiro, contribuindo para a expansão da religião.  A primeira Mesquita islâmica no Brasil foi fundada em 1929, em São Paulo. Atualmente, existem aproximadamente 27,3 mil muçulmanos no Brasil.

 

Fontes:

RELIGIÃO ISLÂMICA

 

 

0Comentário(s)