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POR QUE TEMER A MORTE?

Data Inclusão: 05/05/2020
Data Alteração: 11/05/2020
Categoria: Psicologia & Filosofia
Autor: Sigilo Mistico

POR QUE TEMER A MORTE?

É natural que, pelo instinto de preservação, o Homem negue inconscientemente a morte, mas estudos espiritualistas ou espírita demonstra que ela é uma "volta para casa". São vários os motivos que levam as criaturas a temer a morte, entretanto, nenhum deles sobrevive ao crivo da razão e do conhecimento que o espiritismo nos traz. O "instinto de preservação"presente em todos os animais é um recurso da sabedoria divina, permitindo-lhes se afastarem de situações que coloquem suas vidas em perigo. É a "Lei de Conservação", necessária para assegurar às criaturas o desempenho de suas missões como encarnados.

Desde os primitivos estágios do homem, existe um sentimento inato do futuro, uma intuição de que a morte do corpo não é o fim de tudo. Porém, o temor do desencarne é providencial enquanto não se tem um esclarecimento suficiente a respeito da vida futura. À medida que o homem se torna um ser mais complexo, fatores psicológicos contribuem para exacerbar certos temores, muitas vezes, de forma inconsciente ou ilógica, baseada em informações incompletas ou falsas convicções. Medo do Inferno e do sofrimento eterno que ali encontrará se não levar uma vida virtuosa.

Como a virtude plena é algo que dificilmente se alcança em uma única existência, a dedução que o fiel faz, para seu desgosto, é que o destino geral de quase todos que morrem é a dor infinita. O amor às coisas terrenas também alimenta o temor da morte, pois representa a perda das fontes mundanas de prazer, como comida, bebida, sensualidade, entre outras. Da mesma forma, o sentimento de perda da estrutura existente na vida (família, amigos, casa, sustento, proteção, etc), leva ao medo de desencarnar.

Na realidade, todos esses temores são fruto da ignorância e o desconhecido é sempre atemorizante. É muito comum ouvirmos pessoas lastimando a morte de alguém dizendo: "morreu tão jovem", como se o seu tempo de vida como encarnado não tivesse sido suficiente e a vida no além não fosse mais agradável. São ideias errôneas preconcebidas por vários e vários séculos. Sem contar que, muitas vezes, no intuito de se livrar das crendices e preconceitos, o homem cai no fosso do materialismo, fazendo com que a morte lhe represente o fim de tudo: da existência, do ego, da individualidade. Ou seja, um destino terrível para um ser pensante.

Através de experiências incontáveis, a espiritualidade trouxe através da Doutrina Espírita a dissipação dessas ideias errôneas que perduraram por tanto tempo. A certeza da continuação da existência, da inteligência, da individualidade, das afinidades, das memórias, do reencontro com entes queridos que o precederam e muito mais, construiu um arcabouço de confiança e conscientização sobre o estado de coisas aqui e no além.

Para eliminar o temor da morte, o homem necessita adotar a perspectiva espiritual sobre a vida, de maneira a contrapô-la com a material. Somos seres espirituais e estamos temporariamente na vida material, não se podendo inverter essa visão. Se todos nós temos várias vidas, ou seja, já tivemos muitas "experiências de morte", de onde vem esse pavor que algumas pessoas experimentam? Em termos gerais, o pavor vem de duas grandes fontes: a ignorância sobre as questões do espírito e o esquecimento parcial e temporário das vivências passadas.

Não devemos temer a morte, mas isso não significa que devemos relaxar com os cuidados de nossa saúde e a preservação de nossa vida orgânica, pois nosso corpo biológico é uma "ferramenta de trabalho", a experiência de desencarne é mais prazerosa do que a de reencarne, pois nossa verdadeira pátria é a espiritual. Estamos aqui encarnados em missão de progresso e a morte é o nosso retorno para casa! Por isso, não devemos temer a morte, mas cuidar para não desperdiçar a vida aqui.

Nos casos de morte gradual, como por doenças, qual seria exatamente a necessidade de enxergar entes queridos? Seria aliviar e preparar o indivíduo para o desencarne? - No leito terminal, é bastante comum o doente ver parentes que desencarnaram muito antes dele, como um prelúdio da vida no Plano Espiritual. Nesse estado de esgotamento da energia vital, os laços que prendem o espírito ao corpo já se encontram mais relaxados, de modo que as percepções espirituais ficam mais acentuadas e chegam ao ponto em que o paciente terminal, às vezes, tem dificuldade de distinguir os companheiros desencarnados dos encarnados à sua volta. São preparativos para uma transição mais suave.

Os casos de cristãos que cantavam diante da morte no circo romano são provas da falta de temor à morte. Mas eles não vão contra o instinto de conservação que trazemos para nos mantermos vivos? - Se fosse oferecida aos cristãos a alternativa de não estarem ali, junto aos leões na Arena, certamente eles a escolheriam. Entretanto, seu martírio já estava selado pelos Imperadores romanos, cabendo-lhes escolher entre morrer desesperadamente em uma inútil tentativa de lutar contra as feras famintas à sua volta, ou dignamente, com a consciência tranquila de quem sabe que a vida no além será gloriosa e dando ainda uma lição moral aos seus verdugos.

O temor da morte seria um medo de uma oportunidade desperdiçada que teríamos em nosso íntimo? - Esse receio existe na alma das pessoas e costumamos perguntar: será que estou desperdiçando minhas oportunidades? Será que a morte me revelará o fracasso que foi minha encarnação? - Para evitarmos esse desapontamento no futuro, após o desencarne, o melhor a fazer é agir desde já. "Conheça-te a ti mesmo, medite sobre tuas ações e conhecerás as causas do sofrimento". Se monitorarmos nosso progresso, nossas oportunidades aproveitadas ou desperdiçadas diariamente, teremos mais chances de alterar nosso rumo na vida.

 

 

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