Data Inclusão:
20/11/2019
Data Alteração:
16/01/2020
Categoria:
Psicologia & Filosofia
Autor:
Sigilo Mistico
PESSOAS INSUPORTÁVEIS E PESSOAS INSUPERÁVEIS
Na vida existem dois tipos de pessoas: as isuportáveis e as insuperáveis.
O primeiro tipo é aquela que vive buscando nos outros a sua muleta, pois, não sabe ou não quer se suportar em si mesma. Assim como nos diz a raiz da própria palavra, suportar vem do latim Supportare, que significa "carregar, levar, transportar". Necessita, portanto, usar outras pessoas como suportes para carregarem o peso de seus problemas, conflitos, medos, inseguranças e revolta, é uma pessoa que encosta-se a outras pessoas, tentando lhe sugar a força, a luz, o mérito.
Torna-se assim, um verdadeiro 'encosto' vivo. Quase literalmente precisa de alguém para 'camelar' por ela, já que o camelo é um animal que sempre serviu a este préstimo. Como não consegue suportar sozinha o peso de seu aprendizado na vida, ou como dizia Jesus Cristo, não consegue 'carregar a própria cruz', tenta jogar esta cruz sobre alguém a quem julga que tenha a "obrigação" de fazer isto por elas. Por isso mesmo é uma pessoa competitiva, invejosa, que precisa da luz de alguém para, tentando lhe desmerecer, quem sabe, exaltar a si mesma.
(*Lembrando que Jesus não se referia a cruz romana que é um símbolo de sofrimento e sim a cruz como um símbolo místico de auto realização espiritual, onde a barra vertical se refere à nossa relação com o nosso Deus interno, nosso Cristo interno, atuando sobre a barra horizontal, que representa a nossa relação cármica com o mundo e as pessoas).
Normalmente entendemos por insuportável aquela pessoa chata, implicante, crítica, cheia de raiva, irritação, insatisfeita com a própria vida, que tende a julgar e desmerecer o modo dos outros serem e agirem, pois ao invés de colocar energia na própria vida, objetivos e tentar ser construtiva, prefere seguir pelo atalho da depredação daquilo que os outros constroem para 'aparecer' com algum destaque, já que não consegue existir por si mesma, pois não se suporta em seu próprio mundo!
E para não mais atrair ou permitir a permanência de gente insuportável ao seu lado, não aceite o jogo da crítica, da tentativa de te colocar sentimentos de culpa e te enfraquecer, confie em si mesmo, saia da vibração e deixe que a pessoa se enrole com o seu emaranhado de amargura, até que um dia aprenda a receber e dar amor, gentileza e gratidão. Em suma, não aceite o peso do aprendizado do outro a custa de se deixar prejudicar, não se ofenda ou se magoe, apenas se coloque e faça o corte! O que não acrescenta é peso morto e torna mais difícil a sua caminhada. Deixe seu caminhar mais leve!
Mas existem o segundo tipo de indivíduo, o Insuperável! É aquele que se suporta em si mesmo, conhece seu valor, sua força, sua responsabilidade diante da vida em sua evolução. Não projeta nos outros as suas dificuldades, age com maturidade e segue crescendo, ainda que tenha percalços a serem superados, mas tem a consciência de que as pessoas podem, até ajudar, mas não são muletas ou degraus e não devem ser pisoteadas para lhes dar impulso, como faz a pessoa insuportável quando encontra alguns 'camelos' emocionais.
A palavra Insuperável vem do latim in_,negativo, mais Superare, de SUPER, "vencer, conquistar, dominar", ou seja, aquele que não se vence, não se domina, não se conquista, pois o insuperável já é um indivíduo que conquistou a si mesmo plenamente, que se autodomina, que venceu a si mesmo e ao mundo do ego e hoje vive na senda da exaltação do seu "Eu" divino e não necessita e nem quer se suportar em mais ninguém!
Podemos viver num mundo de pessoas despertas, insuperáveis, porém, que se ajudam, que se apoiam, sem terem que suportar a sina um do outro!
O insuportável compete, tentando se sobressair e superar o outro, e por isto mesmo se perde, pois não conhece o seu próprio valor, vive preocupado com o "vizinho". Já o insuperável somente procura superar a si mesmo em suas imperfeições, e quando vence no mundo é porque primeiramente venceu a si mesmo!
Fonte:
PESSOAS INSUPORTÁVEIS E PESSOAS INSUPERÁVEIS
(Marcello Cotrim)