Data Inclusão:
14/12/2019
Data Alteração:
16/01/2020
Categoria:
Antigas Civilizações
Autor:
Sigilo Mistico
OS DRUIDAS
"Quando estudamos sobre os Druidas, temos de esquecer nossa razão e embarcar num mundo diferente, mágico, fantástico, de um povo incrível e misterioso".
Quem eram os Druidas? - O que melhor se pode dizer é que os druidas foram membros de uma elevada estirpe de Celtas que ocupavam o lugar de juízes, doutores, sacerdotes, adivinhos, magos, médicos, astrônomos, etc., mas que evidentemente não constituíam um grupo étnico do mundo celta. Eram grandes conhecedores da ciência dos cristais. As mulheres célticas gozavam de mais liberdade e direitos do que as outras culturas contemporâneas, incluindo-se, até mesmo, o direito de participarem de batalhas, e de solicitarem divórcio. Neste contexto, havia mulheres druidas. Na cultura druídica, portanto, a mulher tinha um papel preponderante, pois, era vista como a imagem da Deusa.
No contexto religioso, os druidas eram sacerdotes e sacerdotisas, dedicados ao aspecto feminino da divindade, a Deusa Mãe. Embora cultuassem a Deusa Mãe, mesmo assim, admitiam que todos os aspectos expressos a respeito da divindade eram ainda percepções imperfeitas do Divino. Assim, todos os deuses e deusas do mundo, nada mais eram do que aspectos de um só Ser Supremo - qualquer que fosse a sua denominação visto sob a ótica humana.
A palavra Druida é de origem céltica, e segundo o historiador romano Plínio - o velho, ela está relacionada com o Carvalho, que na realidade era uma árvore sagrada para eles. Desde que o povo celta não usava a escrita para transmitir seus conhecimentos, após o domínio do cristianismo, perdeu-se muito das informações históricas daquela maravilhosa civilização e especialmente das que a precederam desde o fim da Atlântida, exceto aquilo que permaneceu zelosamente guardado nos registros de algumas Ordens Iniciáticas, especialmente a Ordem Céltica e a Ordem Druídica. Por isto, muito da história dos druidas até hoje é um mistério para os historiadores oficiais; sabem que, realmente que existiu entre o povo Celta, mas que não nasceram nesta civilização. Sendo assim, impõem-se a indagação: de onde vieram os Druidas? Seriam Deuses? Ou Bruxos?, o pouco que popularmente é dito a respeito dos druidas tem como base, diversas lendas, como a do Rei Arthur, onde Merlin era um druida. Diversos estudiosos tem argumentado que os druidas originariamente, pertenceram à Pré-Céltica (não Ariana), população da Bretanha e da Escócia.
Desde o domínio romano, instigado pelo catolicismo, a cultura druídica foi alvo de severa e injusta repressão, que fez com que fossem apagados quaisquer tipos de informação a respeito dela, embora que na história de Roma, conste que Júlio César, reconhecia a coragem que os druidas tinham em enfrentar a morte em defesa de seus princípios.
Os druidas dominavam quase todas as áreas do conhecimento humano, cultivaram a música, a poesia, tinham notáveis conhecimentos de medicina natural, de fitoterapia, de agricultura e astronomia, e possuíam um avançado sistema filosófico muito semelhante aos dos Neoplatônicos. O povo Celta tinha uma tradição eminentemente oral, não faziam uso da escrita para transmitir seus conhecimentos fundamentais, embora possuíssem uma forma de escrita mágica conhecida pelo nome de Escrita Rúnica. Mesmo não usando a escrita para gravar seus conhecimentos, eles possuíram suficiente sabedoria a ponto de influenciarem outros povos e assim marcar profundamente a literatura da época, criando uma espécie de aura de mistério e misticismo.
A Igreja Católica, inspirada pela conjura, demonstrou grande ódio aos druidas que, tal qual outras culturas, foram consideradas pagãs, bruxos terríveis, magos negros, que faziam sacrifícios humanos e outras coisas cruéis. Na realidade, nada disso corresponde à verdade, pois quando os primeiros cristãos chegaram naquela região, foram muito bem recebidos, até porque, a tradição céltica conta que José de Arimatéia, discípulo de Jesus, viveu entre eles e levado até lá o Santo Graal (Taça usada por Jesus na última Ceia). Em torno disto, existem muitos relatos, contos, lendas e mitos, especialmente ligados à corte do Rei Arthur e a Távola Redonda. São inúmeros os contos, entre eles, aqueles relativos à Corte do Rei Arthur, onde vivera Merlin, o mago, e a meia-irmã de Arthur, Morgana, que eram druidas.
A religião druídica na realidade era uma expressão mais mística da religião céltica. Esta era mais mágica, por isso mais popular, com formas de rituais mais rústicos, e muito mais ligado à Natureza ambiental, à terra que era tratada com carinho bem especial. A mais popular das expressões religiosas dos Celtas constituiu-se a Wicca, que o catolicismo fez empenho em descrever como um conjunto de rituais satânicos.
São frequentemente os festivais célticos. Para eles, o ano era dividido em quatro períodos de três meses, em cujo início de cada um havia um grande festival. Eram eles:
IMBOLOC - Celebrado em 1 de fevereiro e era associado à deusa Brigit, a Mãe-deusa, protetora da mulher e do nascimento das crianças;
BELTANE - Celebrada em 1 de maio (também era chamado de Beltine, Beltain, Beal-tine, Bel-tien e Beltein) significa "Brilho do Fogo" - Este festival, muito bonito, era marcado por milhares de fogueiras.
LUGHNASADH - (Também conhecido como Lammas), dedicado ao deus Lugh, celebrado em 1 de agosto.
SAMHAIN - A mais importante das quatro festas, celebrada em 1 de novembro. Hoje associada com o Hallows Day, celebrado na noite anterior ao Halloween.
Basicamente, a doutrina céltica enfatizava a terra e a Deusa Mãe, enquanto que os druidas mencionavam diversos deuses ligados às formas de expressão da Natureza, eles enfatizavam igualmente o Mar e o Céu e acreditavam na imortalidade da alma, que chegava ao aperfeiçoamento através das reencarnações. Eles admitiam como certa, a lei de causa e efeito, diziam que o homem era livre para fazer tudo aquilo que quisesse fazer, mas que, com certeza, cada um era responsável pelo próprio destino, de acordo com os atos que livremente praticasse. Toda a ação era livre, mas traria sempre uma consequência, boa ou má, segundo as obras praticadas. Mesmo sendo livres, o homem também respondia socialmente pelos seus atos, pois para isto existia pena de morte aplicada aos criminosos perversos.
A Igreja Católica acusava os Celtas e Druidas de bárbaros, por sacrificarem os criminosos de forma sangrenta, esquecendo que ela também matava queimando as pessoas vivas, sem que elas houvessem cometido crimes, apenas por questão de fé ou por praticarem rituais diferentes...pura ironia! A crença céltica e druídica diziam que o homem teria a ajuda dos espíritos protetores e sua libertação dos ciclos reencarnatórios, seria mais rápida assim. Cada pessoa tinha a responsabilidade de passar seus conhecimentos adiante, para as pessoas que estivessem igualmente aptas a entenderem a lei de Causa e Efeito, também conhecida atualmente como Lei do Carma. Não admitiam que a divindade pudesse ser cultuada dentro de templos constituídos por mãos humanas, assim, faziam dos campos e das florestas, principalmente onde houvesse antigos carvalhos, os locais de suas cerimônias. Em vez de templos fechados, eles reuniam-se nos Círculos de Pedras, como se vêem nas ruínas de Stonehenge Avebury, Silbury Hill e outros. Enquanto em alguns dos festivais célticos, os participantes o faziam sem vestes, os druidas, por sua vez, usavam túnicas brancas. Sempre formavam os círculos mágicos visando a canalização de força.
Fontes: