Data Inclusão:
12/12/2019
Data Alteração:
16/01/2020
Categoria:
Antigas Civilizações
Autor:
Sigilo Mistico
HISTÓRIA DO EGITO ANTIGO
A civilização egípcia antiga desenvolveu-se no Nordeste africano (margens do Rio Nilo) entre 3.200 a.C. (unificação do Norte e Sul) a 32 a.C. (domínio romano).
A IMPORTÂNCIA DO RIO NILO: Como a região é formada por um deserto (Saara), o Rio Nilo ganhou uma extrema importância para os egípcios. O rio era utilizado como via de transporte (através de barcos), de mercadorias e pessoas. As águas do Rio Nilo também eram utilizadas para beber, pescar e fertilizar às margens nas épocas de cheias, favorecendo a agricultura.
SOCIEDADE EGÍPCIA: A sociedade egípcia estava dividida em várias camadas, sendo que o Faraó era a autoridade máxima, chegando a ser considerado um deus na Terra. Sacerdotes, Militares e Escribas (responsáveis pela escrita) também ganharam importância na sociedade. Esta era sustentada pelo trabalho e impostos pagos por Camponeses, Artesões e pequenos Comerciantes. Os Escravos também compunham a sociedade egípcia e, geralmente, eram pessoas capturadas em guerras. Trabalhavam muito e nada recebiam por seu trabalho, apenas água e comida.
ESCRITA NO EGITO ANTIGO: A escrita egípcia também foi algo importante para este povo, pois, permitiu a divulgação de ideias, comunicação e controle de impostos. Existiam duas formas principais de escrita: Demótica (mais simplificada e usada para assuntos do cotidiano) e a Hieroglifica (mais complexa e formada por desenhos e símbolos). As paredes internas das pirâmides eram repletas de textos que falavam sobre a vida do faraó, rezas e mensagens para espantar possíveis saqueadores. Uma espécie de papel chamado papiro, que era produzido à partir de uma planta de mesmo nome, também era utilizado para registrar textos. Os hieróglifos egípcios foram decifrados na primeira metade do século XIX pelo linguista e egiptólogo francês Champollion, através da Pedra de Roseta.
ECONOMIA: A economia egípcia era baseada principalmente na agricultura que era realizada, principalmente, nas margens férteis do Rio Nilo. Os egípcios também praticavam o comércio de mercadorias e o artesanato. Os trabalhadores rurais eram constantemente convocados pelo faraó para prestarem algum tipo de trabalho em obras públicas (canais de irrigação, pirâmides, templos, diques).
CIVILIZAÇÃO: A civilização egípcia destacou-se muito nas áreas de Ciências. Desenvolveram conhecimentos importantes na área de Matemática, usados na construção de pirâmides e templos. Na Medicina, os procedimentos de mumificação proporcionaram importantes conhecimentos sobre o funcionamento do corpo humano.
ARQUITETURA EGÍPCIA: No campo da Arquitetura, podemos destacar a construção de templos, palácios e pirâmides. Estas construções eram financiadas e administradas pelo governo dos faraós. Grande parte delas eram erguidas com grandes blocos de pedra, utilizando mão-de-obra-escrava. As Pirâmides e a Esfinge de Gizé são as construções mais conhecidas do Egito Antigo.
RELIGIÃO NO EGITO ANTIGO (a vida após a morte): A religião egípcia era repleta de mitos e crenças interessantes. Eram politeístas, ou seja, acreditavam na existência de vários deuses (muitos deles com corpo formado por parte de ser humano e parte animal sagrado) que interferiam na vida das pessoas. As oferendas e festas em homenagem aos deuses eram muito realizadas e tinham como objetivo agradar aos seres superiores, deixando-os felizes para que ajudassem nas guerras, colheitas e momentos da vida. Cada cidade possuía deus protetor e templos religiosos em sua homenagem. Os egípcios eram extremamente preocupados com a vida religiosa, por isso, os deuses influenciavam em todas as esferas da vida social egípcia. O governo no Egito Antigo era Teocrático: os administradores governavam em nome dos deuses (da religiosidade). O principal governante do Egito, ou das Cidades-Estados, era chamado de Faraó. Ele possuía todo o poder (assumia várias funções: era o Rei, Juiz, Sacerdote, Tesoureiro, General) e era tido como um deus vivo: Filho do Sol (Amon-Rá) e encarnação de Hórus. Os egípcios cultuavam vários deuses e alguns deuses eram animais. Por exemplo: o gato, acabava com as infestações de ratos nos celeiros com os mantimentos; o cachorro, auxiliava na caça; o gado, na agricultura (puxava a charrua), entre outros. Os animais eram considerados a encarnação dos próprios deuses. Os egípcios também adoravam as formas e forças da Natureza, como o Rio Nilo, o Sol, a Lua e o Vento. Existiam deuses com formato de animal (zoomorfismo), outros deuses tinham o formato de homem juntamente com animal (corpo de homem e cabeça de animal) - antropozoorfismo, e também existiam deuses somente com o formato humano (antropomorfismo). A religiosidade tinha importância para os egípcios até após a morte, pois eles acreditavam na imortalidade. Por esse motivo, cultuavam os mortos e praticavam a mumificação (a conservação dos corpos). Acreditavam que o ser humano era constituído por Ká (corpo) e Rá (alma). No momento da morte, a alma deixaria o corpo, mas poderia continuar a viver no Reino de Osíris ou de Amon-Rá , a volta da alma para o corpo dependia do Julgamento no Tribunal de Osíris. Após o julgamento de Osíris, se a alma retornasse ao corpo, o morto voltaria à vida no Reino de Osíris; se não, a alma ficaria no Reino de Amon-Rá. Daí a importância da conservação dos corpos pela mumificação, se a alma retornasse ao corpo, este não estaria decomposto.
MUMIFICAÇÃO: Como acreditavam na vida após a morte, mumificavam os cadáveres dos faraós, colocando-os em pirâmides, com o objetivo de preservar o corpo. A vida após a morte seria definida, segundo crenças egípcias, pelo deus Osíris em seu Tribunal de julgamento. O coração era pesado pelo deus da morte, que mandava para uma vida na escuridão aqueles cujo órgão estava pesado (que tiveram uma vida de atitudes ruins) e para uma outra vida boa, aqueles de coração leve. Muitos animais também eram considerados sagrados pelos egípcios, de acordo com as características que apresentavam: Chacal (esperteza noturna), Gato (agilidade), Carneiro (reprodução), Jacaré (agilidade nos rios e pântanos), Serpente (poder de ataque), Águia (capacidade de voar), Escaravelho (ligado à ressurreição).
Fontes: