Data Inclusão:
30/03/2020
Data Alteração:
31/03/2020
Categoria:
Psicologia & Filosofia
Autor:
Sigilo Mistico
DECEPÇÃO AMOROSA
Vamos Tratar Aqui Um Pouco Sobre as Decepções Na Área Afetiva.
Hoje em dia é muito comum que as pessoas ao romperem um relacionamento afetivo, em especial quando o (a) parceiro (a) é que provoca o rompimento, aquele (a) que foi abandonado (a) ou traído (a) não consegue suportar a desvinculação, caindo em desequilíbrio e depois em depressão. Quando uma pessoa cultiva uma fixação mental e emocional em alguém que passa a ser responsável pela sua felicidade ou desgraça, isto pode vir a desaguar num autêntico processo obsessivo de encarnado para encarnado, podendo culminar, em casos extremos, em um crime passional ou em suicídio.
Por aí se vê o grande erro em colocar-se a própria felicidade numa pessoa. Se esta, em cujas mãos depositamos o nosso destino e que, segundo pensamos, tem a incumbência ou obrigação de nos fazer feliz, tiver outra preferência, mudar de ideia, gostar de outro (a), o mundo vem abaixo. O desespero toma conta da criatura como se não houvesse mais nenhuma perspectiva de voltar a ser feliz. Muitos, nesta situação, dizem não suportar a vida sem a tal pessoa, que tudo acabou, que ela a completava e, por isto só há uma saída: a morte, para ficar livre do sofrimento, do vazio que a sua perda significa.
Quem se mata por amor não pensou direito. Deixo de ressaltar aqui as gravíssimas implicações e consequências do suicídio explicadas e demonstradas pelo Espiritismo. Queremos falar não apenas do ponto de vista feminino, pois não são unicamente as mulheres que põem termo à vida ao se sentirem abandonadas por alguém, mas também do ponto de vista masculino, pois os homens também se matam por conta de uma decepção amorosa.
Vejamos a situação. Uma pessoa ama alguém e este resolve partir, arranjou um novo amor, mudou de ideia, deu fim ao relacionamento. Pega o que lhe pertence, faz as malas e se vai. Não chora, não está desesperado, talvez até aliviado ou contente. Quem fica se desespera, às vezes se rebaixa de todas as formas possíveis para forçar a retomada do relacionamento. Julga que a vida acabou, por isto chora desesperadamente, entra em depressão. Devagar a ideia de por fim à própria vida começa a crescer em seu íntimo. Alguns chegam a consumar o ato.
Nosso parecer sobre este dramático momento tem outro enfoque. Senão vejamos: a pessoa pensa em se matar, julga que irá provocar o arrependimento, ou na melhor das hipóteses que irá provocar um sentimento de culpa naquele (a) que desgraçou a sua vida. Ledo engano! Em pouco tempo será esquecido (a)! Esta é a dura realidade, mas é o que acontece. Assim, é preciso pensar se o chamado traidor (a) vale o sacrifício ou a vingança que se esteja premeditando. O suicídio não é a saída e, sim, um terrível agravamento do caso em relação à própria pessoa. Quem prejudicou continua vivo e aproveitando a vida. Viva e deixe-o (a) viver - é o melhor caminho.
Pensar em vingança é extremamente prejudicial. Isto complica a vida de quem assim procede, atrai graves comprometimentos futuros, causa perturbações dolorosas e sequelas perigosas. Sem falar no fato de que, quem deseja vingar jamais amou verdadeiramente, pois o amor legítimo não fere, não mata! Ao contrário, deseja a felicidade do ser amado sob qualquer circunstância. O que ocorre, neste caso, é a paixão, que traz a ideia de posse. As pessoas querem ter a posse do outro, disto advém a tremenda revolta quando o parceiro termina a relação afetiva. O caminho é outro. É preciso usar a inteligência, é essencial não judiar de si mesmo, não julgar-se culpado. É fundamental querer ser feliz e achar o caminho certo para isto. É preciso erguer a cabeça e recomeçar.
Se você, que está lendo estas linhas estiver passando por tal situação, erga a cabeça e olhe para cima. Valorize-se. Comece por arrumar-se com mais cuidado, vestindo-se melhor, mostre a todos (e em especial para aquela pessoa) que não está acabado. Ficar chorando e com cara de sofrimento não irá resolver nada, não lhe fica bem e dá aquele aspecto de envelhecimento que ninguém quer ter. Não se deixe abater. Mostre que pode "dar a volta por cima", que tem amor-próprio. Amor-próprio! Quase não se vê mais isto hoje em dia. Mas ter amor-próprio é essencial, é muito importante. Equivale a ter auto-estima. O dicionário informa que amor-próprio é "sentimento de dignidade pessoal; orgulho; brio".
Portanto, você que está depressivo, reaja! Tenha amor por si mesmo. Ninguém vale o seu sacrifício. Dê tempo ao tempo. Daqui a alguns anos você irá lembrar-se desta fase e dirá: eu quase me matei por ele (ela). Ainda bem que não o fiz. *** Tal situação evidencia que o ser humano não consegue conviver consigo mesmo, não gosta da própria companhia, tem medo da solidão. O ficar só, ainda que momentaneamente, torna-se uma desgraça irreparável.
Fonte: Do Livro "Transtornos Mentais" (Suely Caldas Shubert)
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