Data Inclusão:
18/12/2019
Data Alteração:
16/01/2020
Categoria:
Religiões
Autor:
Sigilo Mistico
BUDISMO
O Budismo é religião e também filosofia de vida, e tem como sustentação as mensagens legadas por Sidartha Gautama, também conhecido como Sakymuni - Sábio do Clã dos Sakya -, o Buda retratado pela História, que existiu entre 563 e 483 a.C., no Nepal. Buda não desejava converter ninguém, mas sim iluminar as pessoas com seus ensinamentos, frutos de sua própria experiência. Nesta religião, Conhecimento, Sabedoria e Intelecto tem um grande destaque e seus seguidores adquirem, com a prática, a tão sonhada Paz Interior. Em 2.500 anos, o Budismo se espalhou pela Índia, Ásia Central, Tibete, Sri Lanka, Sudeste asiático, bem como a China, Myanmar, Coréia, Vietnã e Japão.
Atualmente, esta filosofia é encontrada em qualquer parte do Planeta. Suas lições principais são: "Não praticar o mal, cultivar o bem e a própria mente, visando atingir o Nirvana, a realidade superior que todos almejam alcançar, no qual a pessoa obtém o fim do ciclo de sofrimento, ou seja, o Samsara. Ele é atingido através da prática da compaixão e da generosidade, por meio do desapego e da destruição do carma negativo; representa um estado de profunda iluminação, após o qual não é mais necessário renascer. O Nirvana não é um lugar geográfico, mas um modo de ser superior a tudo, no qual se tem acesso à felicidade completa e à liberdade da alma.
A moral budista é fundada na conservação vital e no comportamento comedido. Para tocar estas metas, é preciso adestrar a mente e colocar em evidência a Disciplina Moral (Sila), a Concentração Meditativa (Samadhi) e a Sabedoria (Prajña). O Budismo não cultua um ser concebido como Deus, da forma como as outras religiões o fazem, não lhe concede poderes de criação, salvação ou julgamento, embora admita a existência de entidades extranaturais. O budista precisa entender as Quatro Nobres Verdades, que revelam a sobrevivência de uma certa carência de satisfação (Dukkha), comum no homem, mas que pode ser sobrepujada pela prática do Nobre Caminho Óctuplo. Há outros conceitos muito importantes no Budismo, como o que praticamente resume a visão desta filosofia - as três marcas da existência - são elas a Insatisfação (Dukkha), a Impermanência (Anicca) e a Falta de um "eu" autônomo (Anatta)...
O Buda nasceu no Nepal, na forma de um Príncipe dotado de grande fortuna. Seu nome era Sidarta. Quatro visões mudaram sua vida quando ele tinha 29 anos - o envelhecimento dando origem ao sofrimento, as enfermidades e a morte, revelando a face implacável da vida e os tormentos vivenciados pelo homem; um eremita com o rosto sereno, imagem que lhe aponta o caminho para a paz. Neste momento ele percebe a fugacidade dos prazeres materiais, abandona seus familiares e todas as suas posses e sai a procura da verdade e da paz permanente. Esta decisão revela o nível de sua compaixão pelo outro, pois ele próprio nunca vivenciara a dor.
Após seis anos de solidão e isolamento, vivendo como um Eremita, ele finalmente percebe que só a prática do "Caminho do Meio" impediria a autoflagelação, que nada mais faz além de debilitar a inteligência e a autocondescendência, que atrasa os avanços morais. Um dia, sob uma árvore, em uma noite banhada pela Lua Cheia, aos 35 anos, ele sente pulsar dentro de si uma imensa Sabedoria, alcançando finalmente a compreensão da Essência Universal e uma visão íntima da Jornada Humana. Os budistas se referem a esse processo como um Ato de Iluminação. Ele se torna então Buda, o Iluminado, o Desperto, não um deus, mas um homem que conquistou suas próprias luzes. A partir de então, ele caminhou ao lado de seus discílulos por todo o país, legando às pessoas seus ensinamentos, atingiu a morte aos oitenta anos. Assim como Jesus, ele não pregava, mas também exemplificava suas mensagens.
Uma das principais Ordens de Monges do Planeta foi fundada pelo próprio Buda. Ele transmitia aos seus seguidores, ensinamentos que condiziam com os dons de cada um para o aprimoramento espiritual. O fundador do budismo nunca criou dogmas nem impôs aos seus discípulos, uma fé cega. Ele permitia que cada um tivesse suas experiências pessoais, apenas ensinando o caminho, mas deixando a escolha nas mãos de seus aprendizes - "Venha e experimente você mesmo".
Depois da sua morte, realizou-se o Primeiro Concílio Budista, que congregou neste momento, 500 membros, então prontos para organizar os ensinamentos budistas, conhecidos como Dharma. Os discursos de Buda são denominados Sutras. No Segundo Concílio, reunidos em Vaishali, séculos depois do falecimento de Buda, instituíram-se as duas importantes correntes conhecidas atualmente - a dos Theravadins, que se pautam pelo Cânone Palli e os Mahayanistas, que adotam os Sutras publicados em Sânscrito. Da Índia à China, o Budismo viajou por meio de dois missionários budistas, que o introduziram na Corte do Imperador Ming, em 68 d.C.. Os Textos Sagrados foram traduzidos para a língua chinesa e, muitos anos depois, durante a Dinastia Tang, um monge chinês fez o caminho inverso, indo até a Índia, lá pesquisando e organizando Sutras Budistas. Após dezessete anos, ele voltou para a China com grandes tomos de textos budistas, dedicando-se à partir deste momento a vertê-los para o chinês. Assim, o Budismo logo estava preparado para se disseminar por todo o Continente asiático. Hoje o Budismo surpreendentemente está morto na Índia, sobrevivendo em países como a China e o Japão, e ganhando cada vez mais fôlego no Ocidente.
I CHING
O I Ching ou Livro das Mutações, é um texto clássico chinês composto de várias camadas, sobrepostas ao longo do tempo. É um dos mais antigos e um dos únicos textos chineses que chegaram até nossos dias. Ching, significando clássico, foi o nome dado por Confúcio à sua edição dos antigos livros. Antes era chamado apenas: o Ideograma, é traduzido de muitas formas, e no século XX ficou conhecido no Ocidente como "Mudança ou Mutação". O I Ching pode ser compreendido e estudado tanto como oráculo como um livro de sabedoria. Na própria China, é alvo do estudo diferenciado realizado por religiosos, eruditos e praticantes da filosofia de vida taoísta. O I Ching foi escrito há mais de 3.000 anos e é hoje visto como a essência da sabedoria filosófica da China Antiga. Gradualmente, começa a ser descoberto no Ocidente como um livro de oráculos de grande profundidade e riqueza espiritual. O cerne do I Ching é constituído por 64 Hexagramas que confrontarão as mentes ocidentais com uma multiplicidade de enigmas.
Alguns Deuses Indianos
BRAHMA - Apesar de Brahma ser um poderoso deus hindu, criador do mundo material, ele é submetido aos cultos populares de Shiva, Vishnu e Devi. São raros os Templos dedicados a Brahma, e ele não é muito adorado nos dias de hoje. Dele, saíram os primeiros seres humanos.
VISHNU - Principal deus da Trindade hindu, representa o modo da bondade e é responsável pela sustentação, proteção e manutenção do Universo. É a fonte original de todos os Avatares e Deuses, e está presente em cada átomo da criação e no coração de todos os seres. vishnu significa aquele que tudo penetra ou aquele que tudo impregna, e é tido como o preservador do universo. Está constantemente presente nas conquistas amorosas.
SHIVA - Conhecido como um dos três principais deuses do Panteão hindu, Shiva é o deus da renovação. Às vezes, é visto como Natajara (deus das artes e das danças, o dançarino cósmico, bem como o Senhor das artes marciais e o protetor dos animais) . É o controlador de toda a ira e é conhecido por sua imensa benevolência e misericórdia, concedendo-a a todos muito facilmente. Ás vezes, ele é encontrado num estado de meditação, demonstrando que é o deus da yoga. Possui um terceiro olho que sempre permanece fechado, pois quando abri-lo, toda a criação será incinerada pelo calor abrasivo do fogo da renovação. Dizem os orientais que Shiva protege a casa dos seus seguidores de todos os tipos de males.
GANESHA - Significa "Senhor de todos os seres". É filho de Shiva e Parvati. É o mestre do conhecimento, da inteligência e da sapiência. É o grande removedor dos obstáculos, guardião da riqueza, da beleza, da saúde, do sucesso, da prosperidade, da graça, da compaixão, da força e do equilíbrio.
SARASWATI - Está identificada como o rio que leva o seu nome. Os estudiosos a indicam como sendo a responsável pela tradição oral dos ensinamentos, e nos Vedas ela é retratada como a mais importante deidade dessa natureza. É a deusa da música, do conhecimento e da poesia.
LAKSHMI - Deusa da fortuna, fonte de toda a fartura, beleza e saúde nesse Universo. Esposa de Vishnu, é o principal símbolo da potência feminina, e pode ser reconhecida por sua eterna juventude e formosura. Ela sempre pode ser vista sobre uma flor de lótus ou com as flores nas mãos. Atribui-se a Lakshmi o símbolo da suástica que representa vitória, sucesso, riqueza, beleza e fartura.
PARVATI - Entre todas as semideusas associadas a Shiva, Parvati guarda a mais alta eminência. Ela é considerada a reencarnação da energia total do Universo. Quando retratada junto com Shiva, aparece com duas armas; quando retrada sozinha, é mostrada com quatro braços. É considerada uma deusa do bem.
RAMA - Sétima encarnação de Vishnu, é o Príncipe herói do famoso épico hindu, o Ramayana. As proezas de Rama, seu irmão Lakshmana, sua esposa Sita, e o seu fiel amigo Hanuman são muito bem conhecidas em locais por onde o Hinduísmo se espalhou. O Ramayana é recontado em revistas em quadrinhos, jogos, filmes e shows na televisão. Rama é o ideal da justiça.
Fontes: